28 de março de 2025

Agentes de IA: Aplicações para Aprimorar o Processo de Avaliação de Riscos

Um dos assuntos amplamente abordados nas normas NBR ISO 31000:2018 e NBR IEC 31010:2021 é o Processo de Avaliação de RiscosEsse processo envolve a identificação, análise e avaliação de riscos (veja aqui as definições internacionais desses termos), e é fundamental para a tomada de decisões estratégicas, permitindo que as organizações mitiguem ameaças e explorem oportunidades de maneira informada. 

Nos últimos anos, as tecnologias de IA têm contribuído bastante para tornar esse processo mais dinâmico e produtivo. Por meio de modelos preditivos e de análises de dados e, mais recentemente, com a introdução de modelos de IA Generativa, como os chatbots privados e corporativos, essas ferramentas representam o primeiro estágio no caminho da automação dos processos organizacionais.  

Para além dessas soluções, os agentes de IA estão transformando os processos e rotinas de trabalho nas organizações. Diferentemente das ferramentas tradicionais de IA, esses sistemas são autônomos, capazes de perceber o ambiente, processar informações, tomar decisões e aprender com os dados.

Eles interagem com usuários e outros sistemas, ajustando-se dinamicamente a diferentes contextos. Essa capacidade os torna ideais para aprimorar a Gestão de Riscos, permitindo análises mais rápidas, inteligentes e proativas.

Assim, como os agentes de IA podem aprimorar o Processo de Avaliação de Riscos nas organizações, auxiliando-as a melhorar a tomada de decisões baseadas em riscos?

1 de fevereiro de 2025

Guardrails de IA e Análise BowTie - Aprimorando o desempenho dos sistemas de IA

Uma das principais etapas do Processo de Gestão de Riscos envolve estabelecer controles preventivos para evitar a ocorrência dos riscos, e controles reativos para minimizar as consequências dos riscos, caso estes se desenvolvam. 

De forma similar, tais controles, bastante utilizados na Análise BowTie (BTA), podem ser comparados a guardrails, ou seja, barreiras colocadas ao longo das rodovias, que protegem os veículos de desviarem seu percurso, evitando acidentes. 

Com o advento da IA ​​Generativa, o conceito de guardrails passou a se aplicar a sistemas projetados para garantir que as ferramentas de IA das organizações, incluindo determinados modelos de linguagem (LLMs ou large language models), funcionem em linha com padrões, políticas e valores organizacionais.

Embora a IA Generativa possa melhorar a eficiência, a inovação e gerar vantagens competitivas, ela também pode introduzir desafios e riscos. Assim, à medida que a adoção dessa tecnologia se dissemina, os guardrails passam a ser cruciais para o uso responsável da IA. 

Como então utilizar esses guardrails de forma eficaz e confiável para, junto com a Análise BowTie, aprimorar o desempenho dos sistemas de IA?

11 de novembro de 2024

Gestão de Oportunidades com a Implementação da IA e Análise BowTie

A Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma das tecnologias mais transformadoras da era digital, oferecendo possibilidades inovadoras para organizações que buscam aumentar sua eficiência operacional, reduzir custos e melhorar seus processos de negócio. 

Nos último anos, o lançamento de diversos modelos de IA e suas inúmeras aplicações nas áreas de saúde, finanças, agronegócio, gestão de riscos, entre outras, têm chamado a atenção de organizações, investidores e startups em todo o mundo, que visam extrair ao máximo os benefícios dessa tecnologia. 

Da mesma forma, o surgimento contínuo de inovações ligadas a essas ferramentas dá origem a diversas ameaças e oportunidades. Ao integrar a IA em suas operações, as organizações ganham não apenas em automação, mas também em visão analítica, capacidade de previsão e agilidade de respostas. 

Como então a IA pode ser utilizada para aprimorar os processos organizacionais e por que investir nessa tecnologia é crucial para as empresas se manterem competitivas?


Implementando a IA com auxílio da Análise BowTie


Nesse cenário de crescente inovação, a introdução de tecnologias de IA nas organizações, ao mesmo tempo em que abre espaço para o surgimento de diversas ameaças ('riscos negativos'), gera também inúmeras oportunidades ('riscos positivos').

Por meio da Análise BowTie, é possível compreender melhor como mapear essas oportunidades, identificando suas potenciais causas, consequências e respectivos fatores impulsionadores (equivalentes aos controles preventivos e reativos para riscos negativos).

2 de setembro de 2024

Aplicando a Abordagem da ISO 31000 na Gestão de Riscos Climáticos

Nos últimos tempos, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e inundações, têm feito com que a gestão de riscos climáticos torne-se uma prioridade em diversos setores, desde o agrícola até o financeiro. 

Em fevereiro de 2024, o IAF (International Accreditation Forum) emitiu um comunicado, em conjunto com a ISO, anunciando novos requisitos para a inclusão de considerações sobre mudanças climáticas em todas as normas ISO de sistemas de gestãoEspera-se que essas inclusões contribuam para que as mudanças climáticas sejam reconhecidas como um fator crítico, que pode impactar a eficácia de qualquer sistema de gestão.

Nesse contexto, é importante que as organizações adotem uma abordagem sistemática e estruturada para identificar, analisar, avaliar e tratar os riscos climáticosA norma ISO 31000:2018 fornece diretrizes valiosas para a gestão de riscos em geral, incluindo os riscos climáticos, permitindo que as organizações criem e protejam valor de forma sustentável.

Como então utilizar a abordagem proposta na norma para aprimorar a gestão dos riscos climáticos, considerando o Processo de Gestão de Riscos da ISO 31000?

5 de agosto de 2024

Aprimorando o Processo de Gestão de Riscos com a IA Generativa

 A Inteligência Artificial (IA) Generativa tem revolucionado diversos negócios e setores, impactando sobretudo as iniciativas e práticas voltadas à gestão de riscos. Essa poderosa tecnologia tem o potencial de transformar a forma como as organizações gerenciam seus riscos, aumentando a eficácia dos processos e possibilitando uma tomada de decisões mais informada.

A capacidade da IA Generativa em criar dados, simular cenários e prever eventos com base em padrões complexos oferece novas oportunidades para identificar, analisar, avaliar e tratar riscos, gerando inúmeras possibilidades para aprimorar a produtividade e os processos dentro das organizações.

Exploraremos a seguir algumas aplicações e exemplos da IA Generativa ao longo das etapas do Processo de Gestão de Riscos, abordando desde usos simples até os mais complexos, alinhados às diretrizes das normas NBR ISO 31000:2018 e NBR IEC 31010:2021.

19 de maio de 2024

Análise de Riscos Qualitativa ou Quantitativa: qual devo utilizar?

Durante o Processo de Gestão de Riscos, particularmente na etapa de Análise de Riscos, uma das principais discussões diz respeito ao tipo de técnica (qualitativa ou quantitativa) a ser utilizada para determinar o nível de risco, levando em conta os objetivos e o contexto da organização.

Recentemente, esse debate tem evoluído, com diversos especialistas e gestores adeptos ao uso de técnicas qualitativas, enquanto outros mantêm-se favoráveis a modelos quantitativos. 

A preferência por determinado tipo de técnica está diretamente relacionada à qualidade das informações sobre riscos. Em outra postagem do blog, discutimos a importância da qualidade dos dados para a tomada de decisões baseadas em riscos e fornecemos alguns exemplos das consequências do mau uso desses dados para as organizações.

A norma NBR IEC 31010:2021 descreve diversas técnicas qualitativas, semiquantitativas e quantitativas que podem ser usadas para melhor analisar os riscos. Algumas delas, como a Análise BowTie (BTA), a Matriz de Riscos e a LOPA, também abordadas em outras publicações deste blog, mostram as principais aplicações, pontos fortes e limitações de cada abordagem.

A norma fornece algumas considerações para se selecionar a técnica mais adequada:

"Ao decidir se é mais apropriada uma técnica qualitativa ou quantitativa, os principais critérios a serem considerados são a forma de saída mais útil para as partes interessadas e a disponibilidade e confiabilidade dos dados. Para fornecer resultados significativos, técnicas quantitativas geralmente requerem dados de alta qualidade. Contudo, em alguns casos em que os dados não são suficientes, o rigor necessário para aplicar uma técnica quantitativa pode fornecer uma melhor compreensão do risco, embora o resultado do cálculo possa ser incerto.

Geralmente há uma escolha de técnicas pertinentes para uma dada circunstância. Várias técnicas podem necessitar ser consideradas, e a aplicação de mais de uma técnica pode algumas vezes fornecer uma compreensão adicional útil. Técnicas diferentes também podem ser apropriadas na medida em que mais informação se torne disponível."

Assim, considerando os pontos favoráveis e limitadores de cada técnica e os pontos de vista de especialistas, gestores e tomadores de decisão, como então definir o melhor tipo de técnica para analisar os riscos?